sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fiasco do Facebook afasta investidores da bolsa

Pelo menos 13 empresas adiaram o IPO depois do fiasco do Facebook no dia 18 de Maio. Uma delas é a Fórmula 1. O presidente Bernie Ecclestone diz que vai esperar por dias melhores. Entenda-se menos volatilidade e tempo para digerir uma queda de mais de 20% dos títulos do IPO mais aguardado da década. Em Maio, o número de empresas a entrar em bolsa caiu 15% face ao igual período de 2011, segundo dados da Bloomberg, em linha com a quebra registada em 2008 logo após a falência do Lehman Brothers. O Facebook teve mesmo o pior desempenho semanal do conjunto dos 30 maiores IPO dos Estados Unidos desde 2011. Se a crise de dívida fez a sua parte nas quedas dos mercados, o Facebook fez o resto. A entrada em bolsa passou a ser temida pelas empresas, com os investidores a não quererem analisar os novos dossiers. A volatilidade trabalha contra a confiança dos consumidores. O índice Vix, que mede precisamente a volatilidade, atingiu o nível mais elevado do ano no dia em que o Facebook entrou em bolsa. Alexandra Almeida Ferreira 01/06/12 10:32

UGT contra descida da TSU para jovens

A UGT diz que a redução da TSU para jovens com salários mínimos não foi discutida na reunião da concertação social. Segundo avançou hoje o Jornal de Negócios, o Governo está a preparar uma descida da taxa social única (TSU) nos empregos de jovens com o salário mínimo. Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, confirmou que essa descida está a ser equacionada no âmbito de medidas acordadas em Bruxelas, não relevando ainda assim quaisquer detalhes. Num primeiro comentário ao assunto, João Proença garantiu que a UGT não aceitará os termos em que a medida foi divulgada na imprensa. João Proença falava aos jornalistas no final da reunião da concertação social, onde salientou que não foram discutidas novas medidas para promover o emprego. João Proença salientou ainda que o ministro das Finanças apresentou uma revisão das previsões para o desemprego e acrescentou que o mercado de trabalho já é hoje "altamente flexível" e que portanto "não faz sentido" pensar em reformas estruturais para facilitar "ainda mais" os despedimentos. O dirigente sindical criticou ainda a ausência de políticas económicas e sociais, dando o exemplo da reabilitação urbana, projecto que ainda não avançou.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Portugal teve uma recessão de 1,6%, pior do que o esperado

Económico  
09/03/12 11:03

O INE anunciou hoje que o PIB de Portugal diminuiu 1,6% em 2011 em relação ao ano anterior.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal diminuiu 1,6% em 2011 em relação ao ano anterior.
O INE divulgou hoje os dados das contas nacionais para o último trimestre de 2011, revendo em baixa os números que já havia adiantado numa estimativa rápida em Fevereiro: na altura, o INE estimou em 1,5% a contracção da economia portuguesa em 2011.
A diferença de 0,1 pontos percentuais, segundo os técnicos do INE, deve-se à "incorporação de nova informação relativa às despesas de consumo final das administrações públicas".
Esta contracção de 1,6% do PIB em volume compara com o aumento de 1,4% observado no ano anterior. Ainda de acordo com o INE "a redução do PIB foi determinada pelo comportamento da procura interna, que registou um contributo de 6,2 p.p. em 2011, destacando-se a diminuição das Despesas de Consumo Final das Famílias e do Investimento".
Em sentido contrário, o contributo da procura externa líquida aumentou para 4,6 p.p. (0,5 p.p. em 2010), em resultado da diminuição das Importações de Bens e Serviços, enquanto as Exportações de Bens e Serviços, embora desacelerando, continuaram a aumentar, refere o INE.
Assim, no 4º trimestre de 2011, o PIB registou, em termos reais, uma diminuição de 2,8% em termos homólogos ( 1,9% no trimestre anterior). Comparativamente com o 3º trimestre de 2011, o PIB diminuiu 1,3% em volume.
O contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB agravou-se significativamente, passando de 5,3 p.p. no 3º trimestre para -10,3 p.p., reflectindo principalmente diminuições mais intensas do Investimento e das Despesas de Consumo Final das Famílias.
O contributo positivo da procura externa líquida aumentou para 7,5 p.p. (3,3 p.p. no trimestre anterior), reflectindo sobretudo a diminuição mais expressiva das Importações de Bens e Serviços visto que, embora mantendo um crescimento relativamente elevado, as Exportações desaceleraram.
"Efectivamente, no 4º trimestre de 2011, não obstante a deterioração dos termos de troca, o Saldo Externo de Bens e Serviços foi menos negativo em 6,3% do PIB comparativamente ao verificado no trimestre homólogo de 2010, o que se reflectiu numa melhoria substancial da capacidade/necessidade externa de financiamento da economia", conclui o INE.


EUA: economia gerou 227 mil empregos em Fevereiro

A economia dos Estado Unidos gerou 227 mil empregos Fevereiro, em termos líquidos, segundo estatística divulgada esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho.

Os dados relativos a Fevereiro não foram suficientemente fortes para alterar a taxa de desemprego, que se manteve inalterada nos 8,3%.
No entanto, a evolução favorável das estatísticas vem reforçada pela revisão em alta (mais 61 mil postos de trabalho) no total do emprego criado em Janeiro e Dezembro.