sexta-feira, 9 de março de 2012

Portugal teve uma recessão de 1,6%, pior do que o esperado

Económico  
09/03/12 11:03

O INE anunciou hoje que o PIB de Portugal diminuiu 1,6% em 2011 em relação ao ano anterior.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal diminuiu 1,6% em 2011 em relação ao ano anterior.
O INE divulgou hoje os dados das contas nacionais para o último trimestre de 2011, revendo em baixa os números que já havia adiantado numa estimativa rápida em Fevereiro: na altura, o INE estimou em 1,5% a contracção da economia portuguesa em 2011.
A diferença de 0,1 pontos percentuais, segundo os técnicos do INE, deve-se à "incorporação de nova informação relativa às despesas de consumo final das administrações públicas".
Esta contracção de 1,6% do PIB em volume compara com o aumento de 1,4% observado no ano anterior. Ainda de acordo com o INE "a redução do PIB foi determinada pelo comportamento da procura interna, que registou um contributo de 6,2 p.p. em 2011, destacando-se a diminuição das Despesas de Consumo Final das Famílias e do Investimento".
Em sentido contrário, o contributo da procura externa líquida aumentou para 4,6 p.p. (0,5 p.p. em 2010), em resultado da diminuição das Importações de Bens e Serviços, enquanto as Exportações de Bens e Serviços, embora desacelerando, continuaram a aumentar, refere o INE.
Assim, no 4º trimestre de 2011, o PIB registou, em termos reais, uma diminuição de 2,8% em termos homólogos ( 1,9% no trimestre anterior). Comparativamente com o 3º trimestre de 2011, o PIB diminuiu 1,3% em volume.
O contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB agravou-se significativamente, passando de 5,3 p.p. no 3º trimestre para -10,3 p.p., reflectindo principalmente diminuições mais intensas do Investimento e das Despesas de Consumo Final das Famílias.
O contributo positivo da procura externa líquida aumentou para 7,5 p.p. (3,3 p.p. no trimestre anterior), reflectindo sobretudo a diminuição mais expressiva das Importações de Bens e Serviços visto que, embora mantendo um crescimento relativamente elevado, as Exportações desaceleraram.
"Efectivamente, no 4º trimestre de 2011, não obstante a deterioração dos termos de troca, o Saldo Externo de Bens e Serviços foi menos negativo em 6,3% do PIB comparativamente ao verificado no trimestre homólogo de 2010, o que se reflectiu numa melhoria substancial da capacidade/necessidade externa de financiamento da economia", conclui o INE.


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