sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Portugal paga 34,4 mil milhões em juros à troika

Económico com Lusa  
25/11/11 08:32
 
  Dados do Governo revelam que Portugal vai pagar 34.400 milhões de euros em juros pelos empréstimos do programa de ajuda da troika.
Este valor foi apresentado pelo Ministério das Finanças em resposta a uma questão de Honório Novo, deputado do PCP.
  O total do crédito oferecido a Portugal no âmbito do programa de assistência da 'troika' é 78 mil milhões de euros.
  Durante o debate parlamentar do Orçamento Rectificativo para 2011, no final de Outubro, o deputado comunista pelo Porto perguntou: "Quanto é que serão os juros globais desta ajuda? Quanto é que Portugal pagará só em juros para nos levarem pelo mesmo caminho que a Grécia, ao empobrecimento generalizado do país?".
  A resposta do Ministério das Finanças, 34.400 milhões de euros, corresponde ao valor total a pagar ao longo do prazo dos empréstimos.
  Isto presumindo que Portugal recorre integralmente ao crédito disponível. Ou seja, que "é utilizado na totalidade" o montante destinado às empresas do sector financeiro - os 12 mil milhões de euros reservados para a recapitalização da banca.
  Na resposta do Ministério das Finanças a Honório Novo nota-se ainda que as condições dos empréstimos concedidos por instituições europeias são bastante mais favoráveis que as dos créditos do FMI.
Os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%.
  Já os empréstimos do Fundo têm uma maturidade média de sete anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5 por cento - mas neste caso "a taxa de juro é variável, à qual acresce um 'spread' [diferencial] que depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois dos três primeiros anos", lê-se no documento das Finanças.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Governo grego desiste de referendo sobre resgate financeiro


Atenas, 3 Nov (EFE).- O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, anunciou nesta quinta-feira, em nome do Governo, que não será realizado um referendo sobre o segundo plano de resgate financeiro à Grécia pactuado com a zona do euro, como tinha proposto na segunda-feira o primeiro-ministro, Giorgos Papandreou.

'O Governo anuncia de forma oficial que não levará adiante o referendo', declarou o ministro num discurso aos parlamentares do partido governista Pasok, transmitido na rede nacional de televisão.
Venizelos, que mantinha divergências com Papandreou sobre a conveniência de convocar o referendo, considerou positivo enviar uma mensagem à Europa de que não haverá referendo, pois isso possibilita o cumprimento do acordo estabelecido no dia 26 de Outubro entre Atenas e a zona do euro, que exige, em contrapartida, mais medidas de austeridade do Governo grego.
A Grécia, acrescentou o ministro, deve ter um Governo estável, um sistema bancário seguro e agir rápido para obter resultados claros e, consequentemente, receber os 8 bilhões de euros do sexto lote de empréstimos do primeiro plano de resgate ao país.
'A situação crítica exige que se consigam 180 deputados no Parlamento para aprovar o acordo de 26 de Outubro', disse Venizelos, em referência à última assembleia de líderes da zona do euro, quando foi pactuado o segundo plano de resgate financeiro à Grécia, além de um perdão de 50% da dívida do país com credores privados.
No mesmo fórum, Papandreou não descartou explicitamente a convocação de um referendo, ao manifestar que o seu Governo (do partido socialista Pasok) é que ficará a cargo da decisão final sobre a realização da consulta popular.


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